Divã da alma



Se eu pudesse voltar no tempo, quanto em mim seria diferente? 
Teria me planejado melhor, teria aproveitado as chances que a vida me deu. 
Porque é tão doloroso ter os olhos certos para enxergar quando o tempo já passou, quando a porta já se fechou e quando não há nada mais a ser feito. 

Sabe, eu fico pensando e pensando sobre tudo isso. Eu tento enumerar os erros, detectar as falhas. Eu me vejo, fruto de escolhas além de mim, soma de fatores danificados. Ser vítima ou não ser? Como me livrar de mim? Como abrir mão dos padrões, dos maus hábitos? Como acreditar e não ser o meu próprio obstáculo? Perguntas e perguntas, sonhos e fatos. 

Ah, meu eu, no fundo você acredita em si. No fundo você tem essa voz que te diz "prossiga". No fundo você sabe que o fundo não é seu lugar, essa vida te ensinou a lutar. Você sabe sorrir mesmo quando quer chorar. Você sabe o quem tem que ir, mesmo quando queria ficar.
Continue a nadar e a sonhar e acreditar. Continue a respirar
Continue a vencer, aprender e se perder, no outro dia você vai ganhar (e se encontrar). 
Continue a sorrir, prosseguir e se cair, você vai levantar.
Eu sei que tudo parece escuro. Mas terá a luz no fim do túnel, Mas, essa luz não vai simplesmente aparecer, surgir ... ela já está dentro de ti. 

Respira, um, dois, três
Levanta, tente outra vez 
 
Se a vida fosse feita dos nossos "e se...". Ficar preso no que não se pode controlar é ficar encarcerado dentro de si. Se o passado é história, o futuro é mistério, o hoje é tudo que posso fazer. O hoje é o terreno, por mais que pequeno, das coisas que um dia posso colher. 
Ah, meu eu, continue batendo nas portas, até que uma vai se abrir. Qual a mentira, qual a preguiça que te impede de agir? Ah, meu eu, não se sabote. Dê asas para o teu potencial. Deus te deu a sua vida, por mais bela e sofrida, tem sido tão especial. 

Respira, levante. Pega a caneta pra escrever tua história
O amanhã não chegou ainda. Você só tem o agora.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Análise: Os Arrais - O Bilhete e o Trovão

Análise: Os Arrais - Outono

A viagem de um barquinho